As Linhas de Nazca são uma série de formas geométricas e figuras zoomórficas gravadas na areia do deserto de Nazca, ao sul de Lima. Os desenhos mais famosos incluem um beija-flor, um macaco, um condor, uma aranha e um papagaio. No total, existem cerca de 70 figuras de plantas e animais, mais de 800 linhas retas e 300 designs geométricos.
A área ao redor das Linhas de Nazca foi inicialmente escavada pelo arqueólogo peruano Toribio Mejía Xesspe, mas foi apenas com o advento da aviação moderna na década de 1930 que as figuras foram identificadas, já que é impossível vê-las do nível do solo. Dezenas de novas figuras foram descobertas nas décadas seguintes e, na verdade, ainda estão sendo encontradas até hoje. Como poucos vestígios restam da cultura que produziu esses designs monumentais, a origem e o propósito exatos das Linhas de Nazca têm sido amplamente debatidos por pesquisadores, levando ao surgimento de diversas teorias.
Como um dos grandes mistérios não resolvidos do mundo, as Linhas de Nazca inspiraram uma infinidade de teorias para explicar sua origem e propósito. Essas teorias variam desde explicações mundanas (construídas como parte de um sistema de irrigação) até hipóteses surpreendentes (locais de pouso para espaçonaves alienígenas). Vamos conhecer algumas dessas teorias abaixo.
Sem dúvida, a teoria mais polêmica sobre a origem das Linhas de Nazca foi proposta por Erich Von Däniken em seu livro de 1968, Eram os deuses Astronautas? Essa teoria afirma que Nazca foi um local de pouso para espaçonaves extraterrestres. Esses seres alienígenas teriam transmitido aos habitantes locais conhecimentos e tecnologias especiais antes de retornarem ao seu planeta de origem. Após a partida desses “astronautas antigos”, a cultura Nazca teria criado uma série de imagens gigantes e designs como mensagens para os seres extraterrestres, que eles consideravam deuses.
Essa teoria ganhou grande notoriedade após ser apresentada na popular série Alienígenas do Passado do History Channel. No início de 2018, imagens de uma múmia de Nazca, que se assemelhava a representações estereotipadas de extraterrestres, viralizaram nas redes sociais. Desde então, as credenciais acadêmicas e os métodos de pesquisa do pesquisador russo responsável pelas imagens foram questionados, mas elas trouxeram ainda mais atenção a essa teoria controversa.
Outra teoria pouco convencional foi proposta por Jim Woodman na década de 1970. Ele concluiu que a única maneira pela qual o povo Nazca poderia ter construído essas linhas na areia seria através do voo. Essa suposição não se baseava em nenhuma evidência concreta, embora ele tenha afirmado ter encontrado um fragmento de cerâmica retratando um balão de ar quente (uma afirmação que a maioria das pessoas considera duvidosa). Ele acabou construindo um balão de ar quente usando materiais locais para testar sua teoria. Após várias tentativas fracassadas, o balão conseguiu finalmente voar, embora por apenas alguns minutos.
Essa foi a teoria proposta pela pesquisadora mais famosa de Nazca, a alemã Maria Reiche, que dedicou sua vida ao estudo e à preservação das linhas. Ela acreditava que o local tinha um significado astronômico especial, com o posicionamento do sol em relação aos desenhos funcionando como um gigantesco calendário solar. Isso permitia que o povo da cultura Nazca observasse os solstícios e equinócios, bem como previsse eventos como eclipses solares. Reiche foi uma crítica ferrenha da teoria de Von Däniken e trabalhou para desmascará-la, destacando a conexão entre os desenhos dos geoglifos e outros elementos da cultura Nazca, como a cerâmica. Tentativas de verificar sua própria teoria foram inconclusivas, mas ela continua sendo uma visão influente.
Uma das teorias mais convincentes sobre a origem e o propósito das Linhas de Nazca foi inicialmente proposta por um grupo de pesquisadores americanos, incluindo Johan Reinhard. Essa teoria sustenta que, devido à incrível aridez do Deserto de Nazca (a área recebe apenas cerca de 20 minutos de chuva durante o ano inteiro), a explicação mais provável para os desenhos é que eles foram incorporados a antigos rituais pedindo chuva aos deuses. Pesquisadores destacam que o simbolismo animal é comum em locais de rituais por toda a região andina, então o uso desses desenhos em cerimônias religiosas é a explicação mais lógica para sua construção.
De forma semelhante, o pesquisador Michael Coe sugeriu que as linhas representavam uma espécie de caminho sagrado que o povo Nazca percorreria como parte de cerimônias rituais. As linhas principais eram consideradas uma oferenda aos deuses das montanhas por fornecerem água para o cultivo. A adoração aos deuses das montanhas é uma característica comum de muitas religiões andinas.
Em outra variação da teoria do culto à água, o professor Anthony Aveni percebeu que as Linhas de Nazca parecem convergir em padrões de raios e trapézios. Esse ponto de convergência está localizado onde a água superficial entra nos vales dos rios ou em áreas elevadas entre os cursos d’água. Esse local de conexão seria o ponto ideal para rituais de agradecimento aos deuses pela provisão de água.
O pesquisador independente David Johnson acredita que as Linhas de Nazca eram, na verdade, marcadores para aquíferos subterrâneos, cuja localização ele identificou usando um método controverso conhecido como radiestesia. Suas teorias entram em conflito com o entendimento predominante sobre os métodos agrícolas andinos.
Sem dúvida, a teoria mais polêmica sobre a origem das Linhas de Nazca foi proposta por Erich Von Däniken em seu livro de 1968, Eram os deuses Astronautas? Essa teoria afirma que Nazca foi um local de pouso para espaçonaves extraterrestres. Esses seres alienígenas teriam transmitido aos habitantes locais conhecimentos e tecnologias especiais antes de retornarem ao seu planeta de origem. Após a partida desses “astronautas antigos”, a cultura Nazca teria criado uma série de imagens gigantes e designs como mensagens para os seres extraterrestres, que eles consideravam deuses.
Essa teoria ganhou grande notoriedade após ser apresentada na popular série Alienígenas do Passado do History Channel. No início de 2018, imagens de uma múmia de Nazca, que se assemelhava a representações estereotipadas de extraterrestres, viralizaram nas redes sociais. Desde então, as credenciais acadêmicas e os métodos de pesquisa do pesquisador russo responsável pelas imagens foram questionados, mas elas trouxeram ainda mais atenção a essa teoria controversa.
Outra teoria pouco convencional foi proposta por Jim Woodman na década de 1970. Ele concluiu que a única maneira pela qual o povo Nazca poderia ter construído essas linhas na areia seria através do voo. Essa suposição não se baseava em nenhuma evidência concreta, embora ele tenha afirmado ter encontrado um fragmento de cerâmica retratando um balão de ar quente (uma afirmação que a maioria das pessoas considera duvidosa). Ele acabou construindo um balão de ar quente usando materiais locais para testar sua teoria. Após várias tentativas fracassadas, o balão conseguiu finalmente voar, embora por apenas alguns minutos.
Essa foi a teoria proposta pela pesquisadora mais famosa de Nazca, a alemã Maria Reiche, que dedicou sua vida ao estudo e à preservação das linhas. Ela acreditava que o local tinha um significado astronômico especial, com o posicionamento do sol em relação aos desenhos funcionando como um gigantesco calendário solar. Isso permitia que o povo da cultura Nazca observasse os solstícios e equinócios, bem como previsse eventos como eclipses solares. Reiche foi uma crítica ferrenha da teoria de Von Däniken e trabalhou para desmascará-la, destacando a conexão entre os desenhos dos geoglifos e outros elementos da cultura Nazca, como a cerâmica. Tentativas de verificar sua própria teoria foram inconclusivas, mas ela continua sendo uma visão influente.
Uma das teorias mais convincentes sobre a origem e o propósito das Linhas de Nazca foi inicialmente proposta por um grupo de pesquisadores americanos, incluindo Johan Reinhard. Essa teoria sustenta que, devido à incrível aridez do Deserto de Nazca (a área recebe apenas cerca de 20 minutos de chuva durante o ano inteiro), a explicação mais provável para os desenhos é que eles foram incorporados a antigos rituais pedindo chuva aos deuses. Pesquisadores destacam que o simbolismo animal é comum em locais de rituais por toda a região andina, então o uso desses desenhos em cerimônias religiosas é a explicação mais lógica para sua construção.
De forma semelhante, o pesquisador Michael Coe sugeriu que as linhas representavam uma espécie de caminho sagrado que o povo Nazca percorreria como parte de cerimônias rituais. As linhas principais eram consideradas uma oferenda aos deuses das montanhas por fornecerem água para o cultivo. A adoração aos deuses das montanhas é uma característica comum de muitas religiões andinas.
Em outra variação da teoria do culto à água, o professor Anthony Aveni percebeu que as Linhas de Nazca parecem convergir em padrões de raios e trapézios. Esse ponto de convergência está localizado onde a água superficial entra nos vales dos rios ou em áreas elevadas entre os cursos d’água. Esse local de conexão seria o ponto ideal para rituais de agradecimento aos deuses pela provisão de água.
O pesquisador independente David Johnson acredita que as Linhas de Nazca eram, na verdade, marcadores para aquíferos subterrâneos, cuja localização ele identificou usando um método controverso conhecido como radiestesia. Suas teorias entram em conflito com o entendimento predominante sobre os métodos agrícolas andinos.